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Luz sobre a pampulha.


30 de maio

A falta de iluminação crônica na barragem da Lagoa da Pampulha, um dos pontos no entorno do cartão-postal que recebem milhares de carros e pedestres todos os dias, pode estar perto do fim. A proximidade com o aeroporto, cuja pista fica bem ao lado da contenção do espelho d’água, era um empecilho para colocação de luzes que garantissem a luminosidade adequada para o trânsito e também para praticantes de esportes da região, como ciclistas e corredores.

Com o início da modernização da iluminação da orla, a Belo Horizonte Iluminação Pública (BHIP) começa nos próximos dias a implantar um tipo de luminária desenvolvida especificamente para esse ponto da orla. O equipamento emite um feixe de luz direcionado para o chão, com o objetivo de evitar ofuscamentos para pilotos de aviões.

Serão colocadas 38 luminárias em um projeto-piloto. Se a fase de testes for aprovada pela Infraero, o número de pontos luminosos chegará a 300 apenas na barragem, dentro da programação da troca de 1,7 mil pontos da orla da lagoa até outubro deste ano. A pista para o trânsito na barragem é dividida por barreiras de concreto. Essas barreiras contam com buracos que são chamados de nichos. É ali que serão colocadas as luminárias, segundo o diretor de Engenharia e Tecnologia da BHIP, Marcelo Menegatto.
“Vamos adaptar uma luminária desenvolvida especialmente para aquela região. Com isso, vamos direcionar o fluxo luminoso apenas para a pista dos carros e de caminhada e ciclovia, evitando qualquer ofuscamento para os aviões”, explica. Segundo ele, existe uma proibição da Infraero para a instalação de postes nas imediações da pista. Como a barragem fica bem ao lado de onde descem as aeronaves, esse local tem iluminação quase que só dos faróis dos veículos que passam à noite pela barragem.

Para resolver o problema, foi desenvolvida uma luminária que emite uma luz branca neutra, com uma intensidade um pouco menor do que a pública tradicional, mas o suficiente para eliminar a escuridão do local. O processo foi acompanhado pela Infraero e por pilotos que atuam no aeroporto da Pampulha. Quando as 38 luminárias estiverem instaladas, durante dois dias haverá um contato com pilotos e comandantes dos aviões para verificar o resultado. Essa análise vai embasar uma manifestação da Infraero sobre o projeto luminotécnico.

“Aquele local está sem iluminação há muitos anos e a gente recebe, tanto da prefeitura como em nosso call center, pedidos para que seja recomposta a iluminação naquele ponto. Principalmente para as pessoas que caminham a noite”, afirma Marcelo Menegatto. Bem ao lado da barragem ficam dois pontos que concentram praticantes de esportes e turistas, um mirante com piso de ferro e uma praça de esportes com academia da cidade e outros equipamentos para exercícios.

ACIDENTES

Frequentador diário da orla da Lagoa da Pampulha, o soldador Júlio César Gonçalves, de 38 anos, ressalta que uma combinação perigosa amplia os riscos para quem pratica ciclismo no trecho onde as novas lâmpadas serão instaladas. “Aqui na barragem está sem iluminação alguma. Se a gente passa pela via pública, os carros não respeitam os ciclistas e nos jogam na mureta. Se a gente resolve andar na passarela de pedestres também complica, porque pode haver um acidente no trecho escuro”, comenta.

Para o jovem Alan Alves dos Santos, de 24, a passagem pela barragem da Pampulha significa riscos para a segurança. “Já cheguei a presenciar acidentes pelo fato de estar totalmente escuro. Não se enxerga nada. Tem também a questão do assalto. Ali, todo mundo passa correndo”, afirma. Davidson Silva, de 39, também pratica esportes na orla semanalmente e lamenta a atual condição da iluminação. “Fico com medo de uma bicicleta me atropelar. A visibilidade é muito difícil mesmo. Já vi gente tropeçando e batendo uns nos outros.”

Outro ciclista que tem o conjunto arquitetônico da Pampulha como rota favorita, Emerson Duarte destaca que o contraste entre a zona escura da barragem e os faróis dos carros aumenta ainda mais o risco. “A barragem sempre foi escura. Há muito tempo que não tem iluminação. A gente fica com medo de trombar com os outros. Também tem a questão dos faróis dos carros no sentido contrário, que ofuscam a visão da gente”, afirma.

RISCO DE VANDALISMO DAS ESTRUTURAS

Uma das preocupações da BHIP é com a possibilidade de depredação da nova iluminação que será colocada na barragem, se todos os testes forem aprovados. O motivo é o fato de ela estar mais próxima do chão, ao alcance de pessoas mal-intencionadas. “A população precisa zelar pela iluminação, porque por ela estar no nível do piso a gente tem muito receio de vandalismo. É importante mencionar que esses equipamentos são os mais modernos que poderiam estar ali, portanto, as pessoas devem ter esse zelo e preservar o patrimônio que será entregue”, afirma o diretor da BHIP, Marcelo Menegatto.

Por fim, ele acredita que o ganho para a região será muito grande com a nova configuração. “Vai ter um ganho de segurança direto, pois será um local iluminado. Vai melhorar até questões de circulação, da pessoa evitar tropeçar ou até ter acidente entre ciclista e pedestre que estão dividindo o mesmo espaço”, completa Menegatto.

Apesar de a principal novidade estar relacionada à barragem, a chegada da BHIP na orla da Pampulha tem também outras duas modificações. Uma delas é a evolução dos chamados projetos de destaque, que prevê implantação de iluminação especial em 13 pontos de Belo Horizonte. Quatro deles são a Casa do Baile, o Museu de Arte da Pampulha, a Praça Dalva Simão, que fica em frente à estátua de Iemanjá, e a orla da lagoa. Os três pontos ficarão mais realçados no período noturno com as mudanças na iluminação, e a orla terá a troca de 1,7 mil pontos de iluminação, que hoje já são de LED, por luminárias ainda mais modernas e eficientes.


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